domingo, fevereiro 20, 2005

Parece triste, mas não é

Li no Orkut (sempre lá!) e achei lindo.
É o retrato perfeito de um momento que acontece na vida de muita gente, também na minha, é claro...
O nome da música é Caso Encerrado, de Toquinho e Paulinho da Viola (assim diz o Google, pelo menos).

Quanto tempo não sei dizer
Tanta mágoa não sei contar
Só me lembro da solidão que passei
Quando vi meu castelo desmoronar
Muito embora eu esteja com saudades de um beijo
Minha vida é melhor assim
Esperando o momento de viver novamente
O amor que restou em mim

O que me lembra também uma história sobre se enfiar em um casulo que escutei um dia...e que por segundos me incomodou, até que me dei conta de que é no casulo que a lagarta se transforma em borboleta, cria asas, muda e prepara-se para um futuro que nem imagina. Quer imagem mais linda que essa? ;)

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Pontuando

Por muito tempo fui dois pontos:
É isso e pronto.
Não havia espaço para travessão.

- E o que houve, então?
- Cresci, amadureci, procurei responder meus pontos de interrogação.

Tive meus tempos de vírgula,
Parando para respirar
Entre cada movimento.
Coloquei alguns pontos finais.

Hoje sei que uma estória pode mudar totalmente de sentido
De acordo com a sua pontuação.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Foi um rio que passou em minha vida...

... e o meu coração se deixou levar. O samba - lindo - é da Portela, mas a Beija-Flor foi tricampeã. O que importa é que o carnaval acabou. E eu, não sei bem porquê, lembro de Drummond, dizendo:

"A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua..."


Talvez porque, para mim (por alguma programação inexplicável da minha cabeça), o ano sempre começa depois do meu aniversário. Que, este ano, caiu no carnaval. Portanto, é a hora de recomeçar.
Emblematicamente, passei o carnaval na cidade-berço da família, embalada pelo sentimento caloroso e confortável de carinho e amor existente entre pais, irmãos, cunhados, sobrinhos. Completei 35 anos muito longe das minhas expectativas para quando tivesse esta idade.
Mas, embora eu devesse estar na maior das crises a essa altura, estou tranquila, em paz e, ouso dizer, até feliz.
Quem é que precisa de expectativas realizadas? Graças a Deus, eu não. Vivo minha vida a cada dia, construindo o possível, curtindo o improvável e deixando meu coração me guiar por caminhos sempre novos e muitas vezes insuspeitos.
Minha alegria de viver é sem dúvida meu maior presente e minha maior aliada. ;)