quarta-feira, agosto 17, 2005

Quando me amei de verdade

Um pequeno livrinho, no original em inglês When I Loved Myself Enough , de Kim McMillen, aqui publicado em formato de bolso pela Editora Sextante, ao preço singelo de 9,90.
Pra variar, uma mensagem simples, bem no estilo auto-ajuda, mas bonita. O texto anda pela internet, como sempre mal atribuído a uma ou outra pessoa... Mas vale pela lembrança de que precisamos nos amar, antes de tudo, e também para que possamos amar aos outros.
O primeiro pedaço peguei no site da editora que, como a Amazon, publica pequenos trechos das obras.
O pedaço seguinte é o que corre por aí, mas em relação a esse não posso garantir que é a tradução correta ou que não foi adulterado.

Quando me amei de verdade, deixei de me contentar com pouca coisa.
Quando me amei de verdade, tomei contato com a minha própria bondade.
Quando me amei de verdade, comecei a valorizar o dom da vida com a maior gratidão.
Quando me amei de verdade, pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa.

Então, pude relaxar.
Quando me amei de verdade, consegui moderar meu ritmo e minha pressa.
E isso fez uma enorme diferença na minha vida.
Quando me amei de verdade, comprei o colchão de penas que desejava havia anos.
Quando me amei de verdade, aprendi a gostar de estar sozinha, rodeada pelo silêncio, usufruindo sua magia, prestando atenção ao meu espaço interior.
Quando me amei de verdade, percebi que posso não ser uma pessoa especial, mas que sou única.


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Quando me amei de verdade pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa. Então pude relaxar.
Quando me amei de verdade pude perceber que o sofrimento emocional é sinal que estou indo contra minha verdade.
Quando me amei de verdade parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que acontece contribui para o meu crescimento.
Quando me amei de verdade comecei a perceber como é ofensivo forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado – inclusive eu mesma.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável. Isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças e qualquer coisa que me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoísmo, mas eu hoje sei que é amor-próprio.
Quando me amei de verdade deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo e no meu próprio ritmo. Como isso é bom!
Quando me amei de verdade desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantêm no presente, que é onde a vida acontece.
Quando me amei de verdade percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna grande e valiosa aliada!

segunda-feira, agosto 15, 2005

Imagens

Leve brisa mexendo nas árvores.
Grama verde, bem aparada.
Rio com pedras, que termina em lago e cachoeira.
Uma montanha ao longe.
Lua cor de abóbora.
Criança jogando bola na garagem.
Pai e filho na bicicleta.
Luzes distantes.
Uma rua looooooonga...não se vê o fim.
Um baralho. Um jogo.
Casal de mãos dadas.
Lareira acesa.
O vermelho escuro da taça de vinho contra a luz.
As estrelas do céu...

Relendo Pessoa

"Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida...
Sou isso, enfim...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato."

Fernando Pessoa - Álvaro de Campos

"Não consentem os deuses mais que a vida.
Tudo pois refusemos, que nos alce
A irrespiráveis píncaros,
Perenes sem ter flores.
Só de aceitar tenhamos a ciência,
E, enquanto bate o sangue em nossas fontes,
Nem se engelha conosco
O mesmo amor, duremos,
Como vidros, às luzes transparentes
E deixando escorrer a chuva triste,
Só mornos ao sol quente,
E refletindo um pouco."

Fernando Pessoa - Ricardo Reis



Vontade de falar? Que nada. Hoje estou quieta, muda, meio deixando que a saúde afetada sei lá pelo quê tome meu corpo, deixe minha cabeça sem pensar, e me faça levitar por aí enquanto o dia passa...lento...como um barquinho de papel na água.

terça-feira, agosto 09, 2005

Ainda revirando os papéis

Hoje achei isso, sem data, sem que eu ao menos me lembre a que época ou a que caso de amor (?) se refere... Estranho revisitar memórias que se perderam!

Me desculpe por tudo que eu não sei dizer
Por tudo que não faço direito
Pelo que penso de errado
Pelo que deixo de lado

Me desculpe pelo que não chorei
E ficou preso no peito
Me desculpe a falta de jeito
E essa tristeza que sinto,
Com a qual não sei lidar.

E, antes que eu me esqueça,
(e vá embora para não mais voltar)
Me desculpe por não te amar.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Frases

Eu coleciono frases e passagens de livros. Mas estou numa fase de me livrar de papéis, portanto acho que aqui elas ficarão melhor guardadas que nos meus armários...

"O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto. Ponto." - Roberto Freire, "Para quem ainda vier a me amar", no livro Ame e Dê Vexame.

"Viver tem dessas coisas. De vez em quando se fica a zero. E tudo isso é por enquanto. Enquanto se vive." - Clarice Lispector, no livro A Via Crucis do Corpo.

"As almas são árvores. De vez em quando uma folha da minha vai avoando poisar nas raízes da de você. Que sirva de adubo generoso. Com as folhas da sua, lhe garanto que cresço também." - Mario de Andrade, no livro A Lição do Amigo - Cartas de Mario de Andrade a Carlos Drummond de Andrade.

"Nenhuma vida é banal, mesmo as que o são. Sob o trivial oculta-se o extraordinário." - Mauro Rasi

"Libertar os outros das expectativas que temos em relação a eles é amá-los de verdade" - Shirley Mac Laine

"Tudo é provável. Tempo e espaço não existem. Sob a base frágil da realidade, a imaginação constrói suas formas." - Ingmar Bergman, em Fanny & Alexander

"Mas eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo." - Luis Fernando Veríssimo

E isso vai me lembrando quanta coisa já li, e que ficou meio perdido na memória...nooooossa! E quero ler ainda mais, pois descobri que tem um monte de coisa boa na coleção L&PM Pocket, tipo "On the Road" do Jack Kerouac e outros milhões de clássicos que nunca li, além de coisas que gostaria de reler, como histórias de Sherlock Holmes e do Inspetor Maigret, poesias de Camões e Neruda, Isaac Asimov, com preços que até meu bolso aguenta! Quem quiser, pode acompanhar o meu interesse aqui: http://www.lpm.com.br/lpm-pock.htm