domingo, setembro 26, 2004

Everyday is a winding road / I get a little bit closer

Pluralidade. Diferenças. Nossa, o quanto isso é bom!
Minha vida mudou pra melhor depois que resolvi me abrir para conhecer coisas novas, diferentes, inusitadas, ou que nada tem a ver comigo.
Nem que seja para confirmar o quanto aquele pedaço de mundo, aqueles hábitos e aquelas preferências nada tem a ver com as minhas, é bom.
Até porque nossas escolhas ficam mais firmes, são feitas com mais base... e inevitavelmente o mundo se amplia, os horizontes ficam mais largos, as coisas mudam um pouco de figura.
Aprende-se mais, julga-se menos, critica-se menos. E eu não quero mais julgar, criticar, ter preconceitos. Não quero mais uma vida fechada em hábitos e padrões que não podem ser alterados sob a ameaça de escândalo das pessoas que me conhecem há muito tempo.
Eu quero mudar! Eu quero evoluir, quero crescer. E descobri que o melhor caminho é ter uma cabeça aberta, é tentar conhecer as razões das pessoas, é conhecer e amar as diferenças, é descobrir o que há de tão diferente nesse mundão de meu Deus.
Há coisas na vida que sei que nunca vou experimentar, porque realmente não me interessam. Há coisas que nunca vou tentar, outras das quais jamais ouvirei falar, outras que talvez até me agridam e das quais eu prefira manter distância...
Mas há tantas coisas boas escondidas por aí nos cantos da cidade e do mundo... há tantos lugares e tantas vidas diferentes das nossas... vidas que, se bobear, nunca se cruzam.
Desde que resolvi aprender algo novo todos os dias da minha vida, enriqueci em uma proporção inversa à minha conta bancária. Que lógica isso tem? Nenhuma, é a verdade.
Mas talvez nunca tenha me sentido tão rica. Tão inteira, tão intensa, tão inquieta e tão feliz.
Minha única real preocupação atualmente é perder a minha liberdade e a minha independência – coisas que, infelizmente, o dinheiro compra. Pra compensar, invisto na “liberdade pra dentro da cabeça”, que se torna mais independente a cada dia.

Schopenhauer disse: “Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo.”

Verdade? Exagero? Acho que depende da interpretação. Nossa mente pode ampliar indefinidamente nosso campo de visão, basta deixar acontecer.

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